quinta-feira, 19 de abril de 2018
Preços podem cair pela metade, aponta leiloeiro
Preços podem cair pela metade, aponta leiloeiro
Um exemplo dado pelo leiloeiro foi a negociação recente em um apartamento de 60 m², que foi arrematado por R$ 91 mil, cerca de 40% abaixo do valor, levando em conta ao que é praticado no mercado imobiliário. A maioria dos lances realizados são concretizados mediante a pagamento à vista,
Isenção de IR
Valor Econômico, Finanças, 18/abril 2018
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que é isento de Imposto de Renda (IR) o ganho de capital resultante da venda de imóvel residencial utilizado para quitar, total ou parcialmente, o financiamento de outro imóvel residencial no Brasil. A decisão é da 1ª Turma, que negou provimento a recurso da Fazenda Nacional por considerar ilegal a restrição imposta por instrução normativa às hipóteses de isenção da Lei 11.196/05. A decisão unifica o entendimento das duas turmas de direito público do STJ
Mais competição nos empréstimos imobiliários
quarta-feira, 18 de abril de 2018
Construção de prédios populares é a mais rentável para incorporadoras, diz estudo
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A construção de prédios residenciais voltados para as classes mais populares é a que registrou as maiores taxas de crescimento na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) durante as três últimas décadas, segundo um estudo da cientista política Telma Hoyler, da Universidade de São Paulo.
Segundo os dados da pesquisa, a produção desse tipo de unidade habitacional foi de 5,13% entre 1985 e 1993 para 18,30% a partir de 2005, quando o governo federal promoveu uma série de incentivos para o mercado de produção imobiliária no país.
Em 2004, uma lei foi aprovada motivando os bancos a aplicarem os recursos da poupança na habitação e recebendo, em troca, garantias favoráveis de retomada dos imóveis em caso de não pagamento e atraso nas parcelas.
"A partir da segunda metade da década de 2000, a relação entre política habitacional e produção privada de moradia ganhou ainda novos contornos com a entrada do capital financeiro nas incorporadoras que fizeram oferta primária de ações na Bovespa", diz Hoyler em um trecho do estudo.
"Junto a isso, houve crescimento e estabilização da economia brasileira e aumento do poder de consumo, fundamental para que a mescla de recursos públicos e privados em torno do mercado imobiliário pudesse se atrelar à demanda solvável, que passou a usufruir amplo acesso ao crédito habitacional", completa.
O governo Lula favoreceu a produção imobiliária não apenas por uma nova forma institucional de ver as políticas habitacionais, mas também pelo bom momento econômico que o país viveu em seu período no Executivo. À época, houve a criação do Ministério das Cidades e de instituições voltadas para o setor, como o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social. Com isso, os sites para imobiliárias passaram a registrar aumentos significativos de demanda e oferta.
Entre os vários fenômenos que Hoyler nota, está uma oscilação no tempo na relação entre a área útil das unidades construídas e o preço do metro quadrado: nos anos 1980, o m² era baixo para os preços médios praticados, que se seguiu a uma elevação dos preços em paralelo à queda de tamanho nos anos seguintes. Entre 1999 e 2006, o tamanho das unidades cresceu e o preço baixou, mas em 2007 a área útil voltou a baixar nos novos empreendimentos, enquanto o preço ficou estável. Desde 2009 até 2013, ano em que a pesquisa se encerrou, o preço médio voltou a crescer e a área útil diminuir.
Para a cientista política, aconteceu algo que não era esperado durante esse processo: se o mercado imobiliário passou a ganhar muito dinheiro, favorecido pelas políticas iniciadas nos anos 2000, notadamente o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), ele não produziu apenas unidades em um setor muito rentável, como os prédios de apartamentos mais caros, mas seguiu produzindo unidades em uma faixa menos lucrativa, de pessoas de baixa renda. Portanto, não houve uma elitização da produção habitacional mesmo com todas as garantias dadas pelo Estado de ganhos.
As incorporadoras que mais lançaram empreendimentos entre 1985 e 2013 em São Paulo e Grande São Paulo o fizeram em uma área urbana grande, com mais de 50 distritos, o que demonstra a constante modificação da cidade durante este período.
Outro dado apresentado no estudo é que as pequenas incorporadoras são responsáveis pela maior parte das intervenções no espaço urbano. A pesquisa mostra que elas representam 66% dos empreendimentos erguidos na região. As incorporadoras médias também possuem uma atuação significativa: ocupam 33% do mercado, chegando a movimentar R$ 2 bi no mercado. As grandes incorporadoras atuam em poucas obras, mas quando o fazem movimentam quantias superiores a R$ 2 bi.
Para Hoyler, "é fundamental entender as dinâmicas de produção habitacional via mercado porque a efetivação desses empreendimentos por seus promotores passa pelas disputas concorrenciais do próprio mercado, pelas regulações estatais e pela influência sobre o planejamento público, além de poder aumentar a segregação socioespacial da cidade", finaliza.
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O Rei da Soja e do Gado
O megaprodutor Eraí Maggi Scheffer vive um momento, no mínimo, inusitado. Dono de 36 fazendas espalhadas pelo Estado de Mato Grosso, sua área plantada com soja atingiu a incrível marca de 230 mil hectares na safra 2009/2010. Sua produção chegou a 720 mil toneladas, que lhe renderam um faturamento de R$ 300 milhões apenas com essa cultura.
Trata-se do maior volume colhido desde que sua família chegou àquelas bandas, há mais de 30 anos e que o consolida como o maior produtor do grão do País, à frente, por exemplo, do seu primo mais famoso, o governador do Estado, Blairo Maggi e de grandes players como a SLC Agrícola, que planta cerca de 225 mil hectares. Mas todos esses números parecem não empolgar o empresário.
Na verdade, alheio à boa safra, Eraí pouco fala a respeito de sua superprodução. Quando é interpelado sobre o assunto, ele logo vira a cara e, em tom de brincadeira, se diz “cansado” da planta que o tornou rei. Essa aversão, logo num momento de tanta pujança, tem explicação.
Os olhos do “rei da soja” agora estão voltados para um audacioso plano de diversificação de seus negócios rurais que inclui a produção de peixes, sementes, algodão, biodiesel, construção de hidrelétricas, e que tem na pecuária seu grande carro-chefe. Para fazer sucesso nessa empreitada, o “novo” pecuarista, que já possui um rebanho de respeitáveis 50 mil cabeças, aposta em um modelo inovador para criar o boi de forma integrada com a soja.
Ou seja, é com a cultura que o deixou rico e famoso que ele pretende implementar um dos maiores projetos de integração lavoura-pecuária do País e engordar seu novo negócio. “Queremos diversificar e buscamos atividades que possibilitem tirar o máximo proveito da terra”, revela Maggi, que toca o grupo Bom Futuro ao lado dos irmãos Elusmar e Fernando, e do cunhado José Maria Bortoli, seus sócios no negócio.
Diversificação:
os negócios de Eraí Maggi incluem pecuária de corte, soja, sementes, milho, algodão, piscicultura e até usinas hidrelétricas
O plano de explorar novas áreas não é exatamente novidade dentro da empresa. As primeiras conversas sobre a criação de bois aconteceram há dez anos, mas só nos últimos três é que o projeto começou a deslanchar. Muito dessa demora se deve à resistência do próprio empresário. Quem observa Maggi caminhando à vontade em meio à boiada nem imagina o quanto ele era descrente com a ideia de investir em gado. “Essa nunca foi minha área e via o setor com preocupação. Mas meu irmão Fernando começou a tocar o negócio e os resultados foram animadores”, lembra.
Os resultados aos quais o produtor se refere são relativos à alta produtividade do rebanho. Enquanto no Brasil a média de produção é de quatro arrobas por hectare/ano, segundo dados da Scot Consultoria, a Bom Futuro já registra uma média de 80 arrobas por hectare/ ano. Fazendo toda a parte de recria e engorda, os abates já chegam a 40 mil por ano e o faturamento anual da unidade de pecuária é de R$ 50 milhões.
R$ 1 bilhão é o faturamento do grupo bom futuro, que iniciou os múltiplos negócios rurais com R$ 40 milhões
Fonte: Dinheiro Rural
http://www.dinheirorural.com.br/secao/agronegocios/o-imperio-da-familia-maggi
http://www.dinheirorural.com.br/secao/agronegocios/rei-da-soja-rei-do-boi
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