segunda-feira, 31 de março de 2014

Do setor imobiliário à pastelaria


Onde algumas pessoas apenas veriam limões, Valerie decidiu fazer limonada. Aos 40 anos, agarrou a oportunidade de tentar algo de novo e decidiu mudar de carreira – e de país – para seguir a sua paixão de toda a vida: a pastelaria.
Durante mais de 15 anos, Valerie Labat-Gest trabalhou como secretária numa grande agência imobiliária em Marselha, França. Mas, quando a recessão económica lançou o caos no mercado da habitação, foi despedida e ficou, de repente, sem emprego.
 
«Estava numa formação profissional, em Paris, quando conheci um pasteleiro esloveno», diz-nos. «A pastelaria sempre foi uma grande paixão minha, e começámos a falar sobre o negócio da pastelaria na Eslovénia e sobre a grande necessidade que este país tem de profissionais com conhecimentos de pastelaria francesa. Como não tinha nada a perder, decidi que estava na hora de tentar a minha sorte na Eslovénia!»
 
Por recomendação do seu Conselheiro EURES em Marselha, quando chegou a Liubliana, Valerie contactou o gabinete EURES e inscreveu-se em sessões de informação sobre como encontrar emprego no estrangeiro e como redigir um CV em inglês.
 
«Na verdade, a EURES ajudou-me imenso», refere Valerie. «Manter um relacionamento pessoal próximo com o meu conselheiro foi essencial para conseguir encontrar com êxito um emprego que me apaixonasse numa pastelaria local.»
 
É claro que mudar de país e de profissão aos 40 anos é tudo menos fácil, mas também neste ponto a EURES conseguiu ajudar. Por exemplo, a EURES pode ajudar na análise e atualização de CV e na preparação de entrevistas de emprego – um ponto com particular interesse para ostrabalhadores mais velhos que estiveram fora do mercado de trabalho durante alguns anos e cujas aptidões para enfrentar entrevistas necessitam frequentemente de ser melhoradas.
 
«Embora aqueles que mudam de percurso profissional aos 40 ou mais anos enfrentem uma série de desafios, muitos destes são positivos,» assinala Sabina Skarja, da Euroguidance, EURES, da Eslovénia. «Os trabalhadores mais velhos trazem consigo maior experiência e mais aptidões, o que, na maior parte das vezes, torna mais fácil o processo de transição.»
 
Atualmente a servir pastelaria francesa em Liubliana, este é um sentimento que Valerie conhece bem: «Quando olho para tudo o que fiz – os esforços para encontrar um emprego, para me adaptar a um novo país – posso dizer que nem sempre foi fácil, mas foi, sem dúvida, a decisão certa», refere.
 

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