Em níveis recordes de pontuação, as bolsas norte-americanas devem iniciar a terça-feira perto da estabilidade, sinalizam os índices futuros. A melhora nos indicadores do setor imobiliário divulgados pouco antes da abertura inverteu a direção dos índices futuros de alta modesta para ligeira queda. Agora a expectativa é pelos números da confiança do consumidor, que serão divulgados logo após a abertura do mercado, às 13h, e podem dar mais indícios do que esperar para as vendas de final de ano nos Estados Unidos. Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro caía 0,04%, o Nasdaq subia 0,5% e o S&P 500 tinha queda de 0,4%.
Por conta do feriado de Ação de Graças na quinta-feira e da bolsa em horário reduzido na sexta-feira, o volume de negócios - que já ficou abaixo da média ontem - deve hoje continuar nesse nível mais fraco, preveem operadores.
Depois da decepção ontem com as vendas pendentes de imóveis residenciais de outubro, que caíram quando o mercado esperava alta, as permissões para novas obras mostraram melhora no mês passado e subiram 6,2%, atingindo o nível mais alto desde junho de 2008. Os números das construções de moradias iniciadas, que seriam divulgados hoje, foram adiados para 18 de dezembro. O índice de preços das moradias nas 20 maiores cidades dos EUA subiu 13,3% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano
passado, marcando o maior avanço desde fevereiro de 2006, segundo cálculos da S&P/Case-Shiller. O mesmo avanço anual foi verificado nos preços das moradias
nas 10 maiores cidades.
Depois da abertura do mercado, o instituto Conference Board divulga a leitura final do índice de confiança do consumidor de novembro. O número é importante para os analistas de varejo terem uma ideia melhor do que esperar para as vendas de final de ano. A temporada começa nesta sexta-feira, 28, com a Black Friday, principal data do comércio do país. O próprio Conference Board projeta vendas mais fracas, com queda de 4,2% nos gastos deste final de ano na comparação com o final de 2012.
O economista da Northern Trust, Carl Tannenbaum, também não está muito animado com as vendas neste final de ano no país. Para ele, as bolsas em nível recorde de pontuação e o aumento nos preços dos imóveis elevam a riqueza das famílias, mas nos últimos anos a desigualdade aumentou nos EUA e essa riqueza tem se concentrado na mão de poucos. Por isso, o consumo tem crescido em níveis abaixo dos patamares pré-crise de 2008, em meio ao desemprego elevado e à renda estagnada das pessoas. A surpresa neste final de ano pode ficar com o varejo voltado para um público de renda mais alta, diz o economista.
No mundo corporativo, as ações de redes varejistas operavam em alta nesta manhã no pré-mercado. O papel da BestBuy, que previu margens pressionadas neste final de ano, por conta da maior competição em preços, subia 0,55% Já a Amazon, que começou as promoções da Black Friday no último domingo, ganhava 0,31%.
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