O Globo, 22/dez
Ao contrário da maioria das lojas de móveis que nasceram físicas e criaram, depois, seus e-commerces, a Oppa vem fazendo o caminho inverso. Criada em 2011 como um site, este ano, a marca que oferece móveis de design contemporâneo a preços acessíveis - começou a abrir showrooms. Já são cinco entre São Paulo, Campinas, São Caetano e agora o Rio, que este mês ganhou sua primeira loja no Casa&Gourmet Shopping.
- Acho que todo brasileiro gostaria de ser um pouquinho carioca, e a Oppa também - explica Erika Kitabayashi, gerente de Marca da empresa, lembrando que a paquera com a cidade começou em janeiro quando a loja criou uma linha em parceria com a Farm.
A recíproca parece verdadeira. O Rio é a segunda cidade que mais compra os produtos da marca, só atrás de São Paulo, o que mostra que os cariocas também foram conquistados. Embora, às vezes, haja reclamações. Como no caso da cadeira Uma, a peça mais vendida da Oppa. Nesses casos, garante Erika, o SAC da empresa tem uma equipe para tirar todas as dúvidas e responder aos clientes em até uma semana.
Quem preferir, pode. claro, conferir as peças nos showrooms. Mas mesmo na loja física, o negócio será fechado na plataforma on-line da marca, o que inclui a entrega, que. entretanto, não pode ser com dia marcado.
- Acreditamos na convergência de canais. Os produtos estão disponíveis no site. Os showrooms são para verificar a qualidade das peças e trocar ideias com nossas consultoras. O cliente pode. até mesmo, levar a planta de sua casa para elas analisarem e sugerirem como decorar cada cômodo - conta Max Reichel, alemão que criou a marca por uma necessidade pessoal - Quando cheguei ao Brasil, há quatro anos, percebi dois nichos de mercado: produtos com ótimo design e preços altos, e produtos populares cuja qualidade e design não eram atraentes.
A aposta do alemão deu certo. A marca vem crescendo em ritmo acelerado. O faturamento cresce 30% ao mês. em média, e dos 60 designers colaboradores de março, hoje a loja tem 200. E a tendência é que esse número não pare de crescer. Todos os meses são cerca de 30 projetos de interessados em trabalhar com a marca. Quase um por dia. Todos avaliados pela empresa.
- O Brasil é um celeiro de talentos. Mas. nos últimos 20 anos. tem sido difícil os jovens designers se lançarem no mercado. Geralmente, eles têm acesso apenas às pequenas marcenarias, com produção baixa, o que aumenta os custos - diz Reichel. justificando, em parte, o alto custo de móveis no país.
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