sábado, 28 de dezembro de 2013

Inflação que baseia contrato imobiliário subiu 5,51%

São Paulo. A desaceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), de 7,82% em 2012 para 5,51% em 2013, é basicamente explicada pelo recuo do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), de 8,63% em 2012 para 5,12% em 2013, e pela retenção dos preços administrados, como tarifas de energia elétrica e ônibus urbano, além de um reajuste dos combustíveis abaixo do esperado pela Petrobras, avaliou ontem, André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o IPA-M subiu 0,63% em dezembro ante 0,17% em novembro. O IPC-M avançou 0,69% em dezembro ante 0,65% em novembro.

Já o INCC-M teve alta de 0,22% em dezembro ante 0,27% em novembro. Braz observou que o bom comportamento do IPA ocorreu devido aos produtos agropecuários, que acumularam queda de 1,49% em 2013 - no ano passado, esses produtos subiram 18,8%.

Agropecuária

Segundo ele, embora tenha havido alta dos combustíveis e de algumas commodities, além da desvalorização cambial de cerca de 13% no ano - o que acabou influenciando o IPA e, por consequência, o IGP -, a parte agropecuária compensou o avanço da moeda americana ante o real e das commodities como o minério de ferro.

No caso do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o economista da FGV disse que os preços administrados avançaram pouco. Ele afirmou que a tarifa de energia elétrica chegou a cair 18% no início deste ano, a tarifa do ônibus urbano não apresentou variação positiva e houve ainda aumento discreto em tarifa de telefonia fixa e móvel e gás encanado. "Esse bom comportamento acabou fazendo com que o IPC fechasse no mesmo nível do IGP, de 5,51%".

O IGP-M subiu de 0,29% em novembro para 0,60% em dezembro. Para janeiro, Braz disse que espera desaceleração do indicador, embora não tanto a ponto de repetir o 0,34% apurado no primeiro mês deste ano. Isso vai ocorrer, segundo ele, porque já foram computados dois terços do reajuste dos combustíveis em dezembro, restando apenas um terço para janeiro.

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