São Paulo, 15 de janeiro de 2014 - Os problemas enfrentados pela Grécia com programas de resgate são, em parte, resultado de políticas internas, mas também refletem o erro de cálculo dos credores internacionais em relação ao impacto que o ajuste fiscal teria na economia grega, afirmou o primeiro-ministro do pais, Antonis Samaras. As informações são do periódico grego "Kathimerini". Segundo ele, os multiplicadores fiscais usados pela Troika - grupo formado por representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE) - para calcular o desempenho da economia durante o programa de ajuste orçamentário da Grécia estavam errados. O multiplicador fiscal resume a relação entre a renda nacional e as despesas do governo. No caso da Grécia, os economistas utilizaram a ferramenta para prever qual seria o impacto que a redução nos gastos do governo teria sobre o crescimento da economia, mas acabaram subestimando a relação entre essas duas variáveis. Em janeiro do ano passado, o FMI admitiu parcialmente o erro ao divulgar um documento afirmando que nos países que se submeteram aos primeiros programas de resgate oferecidos à zona do euro, que exigiam forte consolidação fiscal, houve um crescimento abaixo do esperado. "A interpretação natural é de que os multiplicadores fiscais estavam significativamente acima do que o presumido", afirma o estudo do FMI. Ivan Ryngelblum / Agência CMA Edição: Gustavo Nicoletta Copyright 2014 - Grupo CMA
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