Por: Prisca Fontes
Especialistas do setor fazem balanço positivo de 2013, mas mostram insegurança em relação a investimentos no próximo ano. Setor de construção civil sofre com instabilidade
O mercado imobiliário de Niterói começou o ano aquecido, mas 2013 termina cheio de incertezas para os empresários do setor. Com a liminar concedida ao Ministério Público, que suspende as autorizações para a construção de edifícios com mais de seis andares em Santa Rosa, na Zona Sul da cidade, o setor da Construção Civil está sofrendo com a instabilidade.
“Essas restrições trazem muita insegurança ao mercado, pois as empresas não sabem onde poderão investir. Já temos a proibição de construção acima de seis pavimentos em Icaraí, agora em Santa Rosa. O plano urbanístico da região de Pendotiba não saiu do papel e a Região Oceânica sofre de graves problemas de mobilidade urbana. A construção civil é um negócio de médio prazo, o empresário precisa ter certeza de que seu investimento terá retorno”, pontua o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) de Niterói, Jean Pierre Biot.
“Essas restrições trazem muita insegurança ao mercado, pois as empresas não sabem onde poderão investir. Já temos a proibição de construção acima de seis pavimentos em Icaraí, agora em Santa Rosa. O plano urbanístico da região de Pendotiba não saiu do papel e a Região Oceânica sofre de graves problemas de mobilidade urbana. A construção civil é um negócio de médio prazo, o empresário precisa ter certeza de que seu investimento terá retorno”, pontua o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) de Niterói, Jean Pierre Biot.
Ele destaca que o maior obstáculo para o mercado imobiliário é a ausência de leis claras que regulamentem a construção. Biot defende uma revisão dos Planos Urbanísticos Regionais (PUR) da cidade em 2014.
“A construção civil gera mais de 30 mil empregos diretos e indiretos em Niterói, além de estimular toda uma cadeia de serviços, como transporte urbano e comércio, entre muitos outros. Nossa expectativa é que o PUR esteja entre as prioridades de 2014”, afirma Biot.
“A construção civil gera mais de 30 mil empregos diretos e indiretos em Niterói, além de estimular toda uma cadeia de serviços, como transporte urbano e comércio, entre muitos outros. Nossa expectativa é que o PUR esteja entre as prioridades de 2014”, afirma Biot.
O diretor de negócios da construtora João Fortes, Jorge Rucas, diz que essa instabilidade gera suspensão de investimentos, revisão de contratações e planos para 2014. “É uma insegurança em relação aos empreendimentos que ainda não foram lançados. Fica difícil para o gestor planejar com tantas lacunas.
Acredito que a tendência é que as empresas canalizem seus investimentos em outras cidades próximas”.
De acordo com Álvaro Antunes, presidente da construtora Anfra, o atraso das obras no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) também pesa negativamente no mercado.
“O Comperj movimenta a economia de toda a região e, claro, Niterói é uma excelente opção de moradia para quem vai trabalhar no Complexo. No entanto, com os atrasos, quem ia investir em um imóvel próximo na localidade, acaba desistindo ou adiando”, afirma.
Acredito que a tendência é que as empresas canalizem seus investimentos em outras cidades próximas”.
De acordo com Álvaro Antunes, presidente da construtora Anfra, o atraso das obras no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) também pesa negativamente no mercado.
“O Comperj movimenta a economia de toda a região e, claro, Niterói é uma excelente opção de moradia para quem vai trabalhar no Complexo. No entanto, com os atrasos, quem ia investir em um imóvel próximo na localidade, acaba desistindo ou adiando”, afirma.
O diretor superintendente da Soter, Julio Kezem, aponta que outra barreira para 2014 é manter o cronograma de lançamento e de obras em um ano de Copa do Mundo no Brasil, eleições, e com previsão de economia menos aquecida.
Balanço – Vicente Maciel Filho, diretor da construtora Fernandes Maciel, revela que 2013 foi um bom ano para a construção civil, com a manutenção do ótimo ano de 2012. Ele atribui o aquecimento do setor ao bom perfil de renda dos clientes, percepção de bom retorno por parte dos compradores em termos de investimento, excelente trabalho dos corretores de imóveis.
“Niterói é uma cidade com ótimos serviços, população de bom nível de educação e renda, com proximidade ao Rio de Janeiro, e com excelente qualidade dos prédios entregues”, destaca.
“Niterói é uma cidade com ótimos serviços, população de bom nível de educação e renda, com proximidade ao Rio de Janeiro, e com excelente qualidade dos prédios entregues”, destaca.
Diretor da Pinto de Almeida Engenharia, José Francisco Vieira Coelho, também ressalta o aumento da renda da população, aliado à facilidade de crédito oferecida pelas construtoras e financeiras, como um impulsionador da compra de imóveis por quem antes vivia de aluguel.
“Outro fator positivo é que muitos que já tinham casa própria estão podendo se mudar para apartamentos maiores e com diversas opções de lazer e infraestrutura, graças ao crédito facilitado”, explica.
“Outro fator positivo é que muitos que já tinham casa própria estão podendo se mudar para apartamentos maiores e com diversas opções de lazer e infraestrutura, graças ao crédito facilitado”, explica.
Apostas – As grandes esperanças do mercado imobiliário para 2014 são a Região Oceânica e a revitalização do Centro.
Jean Pierre Biot, da Ademi, destaca que as obras do túnel Charitas-Cafubá podem fazer com que o mercado imobiliário se volte para a Região Oceânica.
Já Julio Kezem, da Soter, ressalta que, em 2013, os investimentos no Centro de Niterói ficaram paralisados aguardando uma definição sobre a Lei da Operação Urbana Consorciada. Para ele, o Centro é a grande expectativa para 2014.
Jean Pierre Biot, da Ademi, destaca que as obras do túnel Charitas-Cafubá podem fazer com que o mercado imobiliário se volte para a Região Oceânica.
Já Julio Kezem, da Soter, ressalta que, em 2013, os investimentos no Centro de Niterói ficaram paralisados aguardando uma definição sobre a Lei da Operação Urbana Consorciada. Para ele, o Centro é a grande expectativa para 2014.
Marcelo Puntel, diretor da RJZ Cyrela, também acredita que a Copa do Mundo vai estimular o mercado imobiliário de Niterói. “Pelo volume de pessoas que o Rio de Janeiro irá absorver nessa época, é natural que haja a migração para os centros próximos da capital que oferecem boas estadias e opções de lazer”, justifica.
O Fluminense
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