E eis que começa 2014. Ano de Copa do Mundo e de eleições, já começam a me perguntar as “dicas” para o ano que começa e qual será o melhor investimento. Invariavelmente, minha resposta é “não sei”.
Mas há algumas coisas que eu sei.
Uma delas é a seguinte: quem economizar uma parte do salário estará melhor ao final de 2014 do que quem não economizar. Quanto? O máximo que você puder. Isso não significa dizer que você deve deixar de curtir a vida, mas apenas que para curtí-la você não precisa deixar o futuro de lado. Economize pelo menos dez por cento de sua renda mensal. Se der, recomendo que economize mais. Quanto? Quanto mais, melhor. Mais dinheiro economizado gera mais dinheiro para você no futuro.
Outra coisa que eu sei: haverá volatilidade no mercado de ações. Não me perguntem o que acontecerá com o Ibovespa, porque eu não sei. Meu palpite à respeito de quantos pontos o Ibovespa apontará ao final do ano que vem? Também não sei. Mas sei que o mercado sempre flutua para cima e para baixo e que as melhores oportunidades surgem quando ele flutua para baixo. E sei também que quem aproveita esses momentos acaba apresentando retornos melhores que a média do mercado. Simples assim.
Também sei que o “mercado” é uma entidade fantasmagórica. Ele é apenas o conjunto das decisões de investidores individuais e institucionais, mas não tem uma racionalidade própria. Quando sai uma notícia dizendo que o mercado caiu porque aconteceu isso ou aquilo, acredite em mim quando eu digo que é “simples chute” para vender jornal. São raras as oportunidades em que o mercado se movimenta inteiramente por causa de um acontecimento ou outro. Existem oportunidades em que isso acontece, como na quebra do Lehmann Brothers em 2008, quando boa parte do mercado vendeu ações por conta desse fato. Mas, no dia a dia, cada um vende ou compra ações por motivos diferentes, e o “mercado” é só a soma de toda essa bagunça. E isso continuará a ser verdade em 2014.
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