Bairros da Zona Sul ainda têm o metro quadrado mais caro da cidade.
Capital ocupa quinto lugar no ranking nacional de imóveis mais caros.
Levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) de Pernambuco mostra que vem crescendo a procura por apartamentos na Zona Norte do Recife. A venda de imóveis nessa área da cidade aumentou 20% no comparativo entre novembro de 2012 e novembro do ano passado. Muitos prédios estão sendo erguidos em bairros como Campo Grande, Arruda e Encruzilhada.
De acordo com o índice da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas em parceria com o ZAP (FipeZap), que acompanha o preço das unidades anunciadas na internet e funciona como um termômetro do mercado imobiliário brasileiro, a capital pernambucana está em quinto lugar no ranking nacional de metro quadrado mais caro.
Os preços mais caros ainda ficam na Zona Sul da capital, com o metro quadrado em Boa Viagem custando R$ 6.297, R$ 6.065 em Setúbal e R$ 5.810 no Pina. Já os números da Zona Norte são: R$ 4.162 em Campo Grande, R$ 3.929 no Arruda e R$ 2.632 no Hipódromo.
A comerciante Sheila Andrade, que mora de aluguel no bairro do Ipsep, Zona Sul, sonha em comprar um imóvel na Zona Norte. "Eu vi na Zona Norte uma área de muito verde, de muita qualidade de vida e é aqui que eu sonho morar", disse.
O presidente do Creci, Petrus Mendonça, alerta para os cuidados na hora de comprar um imóvel. "O Creci sempre indica que a população, antes de adquirir um imóvel, consulte um corretor de sua confiança, peça para ele efetuar pesquisas de mercado, para que possa oferecer as melhores oportunidades existentes", explicou.
O Plano Diretor do Recife, que estabelece o uso e a ocupação do solo, oferece a região norte da cidade e uma área próxima a Avenida Caxangá como opções de expansão, ou seja, construir nesses locais para desafogar um pouco os bairros considerados mais inchados, como Derby, Graças, Aflitos, Espinheiro e Casa Forte.
A presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) em Pernambuco, Vitória Régia de Andrade, está preocupada com esse crescimento. "Com essa maneira de se fazer esses prédios, com grandes andares térreos, com todos esses muros, sem comunicação com a rua, o que a pessoa vai se sentir atraída, vai acabar perdendo", comentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário