Para engenheiro, após um ano de “arrumação” do mercado imobiliário, o ano de 2014 é de expansão
Jorge Gauthie
Após um ano de “arrumação” do mercado imobiliário, o ano de 2014 é de expansão. Essa é a expectativa do engenheiro civil Marco Chompanidis, diretor da Fator Realty e Fator Towers, empresas que em Salvador possuem projetos com o loteamento Aquarius, na região da Pituba. Marco atua no setor desde 1978 quando iniciou como estagiário de engenharia, passando por grandes empresas do mercado local e nacional como construtor e incorporador.
Desde quando a Fator Realty atua na Bahia? Quais os planos para 2014?
A Fator, desde sua primeira formação, atua no mercado imobiliário da Bahia a cerca de 55 anos. A empresa, até pela longevidade que adquiriu, estará sempre fazendo planos para o futuro. 2014 não será diferente. Acreditamos no potencial do nosso estado e que Salvador passará por profundas e positivas transformações. Nossa percepção é que no primeiro semestre ainda teremos uma certa acomodação, natural que sempre ocorre no mercado, e no segundo haverá novos lançamentos. Estamos nos preparando para isto.
O mercado de Salvador passou por um boom nos últimos anos e em 2013 estabilizou. Como acredita que será 2014?
No meu entendimento, o que ocorreu em 2013 foi, de certa forma, reflexo de uma extraordinária mudança nos números que estávamos acostumados. E isto não ocorreu somente em Salvador. Tivemos um salto exponencial de negócios impulsionados por uma conjunção de fatores importantes. Isto não se repete sempre. Em 2013, o mercado se ajustou, está consumindo a oferta disponível. Mas isto vai passar. Voltaremos a repor as unidades ofertadas e isto significa novos lançamentos e vendas. Pode acontecer em parte em 2014 e possivelmente em 2015. Mas que vai acontecer, vai.
Qual o melhor de se investir na Bahia?
Investir na Bahia é sempre bom. Salvador é uma cidade encantadora e que atrai gente do mundo todo. Problemas toda cidade tem. Diria que um dos mais graves é a mobilidade. Por isso, bairros planejados, como o Aquarius, tornaram-se tão desejados.
Qual o pior de se investir na Bahia?
Precisamos melhorar o tempo de avaliação e aprovação das nossas edificações. Contudo, percebemos um esforço da atual administração pública em qualificar e modernizar a máquina municipal. Certamente, este quadro mudará em breve. Os entraves estão sendo discutidos e debatidos.
Salvador tem poucos terrenos para novos projetos de grande porte. Qual a alternativa do mercado para resolver essa situação? Há outros vetores de crescimento?
Este é um desafio que deve envolver os empresários, a administração pública e a sociedade. Os empresários não têm como achar caminhos sozinhos. No chamado miolo de Salvador, os terrenos estão escassos e muito caros. A cidade precisa ser discutida de forma inteligente. Tínhamos há 20 anos uma população de 750 mil pessoas. Hoje, somos mais de 3 milhões. Temos algumas alternativas como as avenidas paralelas à Avenida Paralela, o Centro Histórico e a Cidade Baixa.
E a Região Metropolitana de Salvador?
Os municípios que fazem parte da Grande Salvador experimentam um enorme boom imobiliário, além da possibilidade da Ponte Salvador/ Itaparica que criaria na Ilha uma ótima alternativa. Mas tudo isto precisa, urgentemente, sair do papel.
Qual tipo de empreendimento tem mais espaço em Salvador: alto padrão ou populares?
Cada segmento tem seu mercado e que funciona bem. Em termos quantitativos, até pela estratificação econômica, a carência maior é a popular. Ainda não resolvemos bem este mercado. No que pese o esforço do governo, através dos programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, estamos longe de um equilíbrio de moradia ofertando a todos, locais dignos para morar.
Dentro de Salvador, quais as regiões que devem receber novos projetos?
Acredito que as regiões de Patamares, Orla, Avenida Paralela, o Centro da cidade e haverá também uma pulverização nos bairros tradicionais, nas poucas oportunidades que ainda restam, como o Aquarius, Pituba, Barra, Graça e Ondina.
Grandes obras de mobilidade que estão sendo desenvolvidas podem criar novos vetores de crescimento imobiliário em Salvador e também valorizar os imóveis já construídos?
Sem dúvida alguma. São imprescindíveis as intervenções para minimizar os impactos do trânsito de Salvador e que requerem investimentos, além de abertura de novas vias na cidade que permitam a ocupação ordenada das suas margens e acessos.
Como você avalia a qualidade de mão de obra na Bahia? Isso realmente impacta na produção?
Entendo que não somos os melhores e nem os piores no ranking nacional. Basta dizer que, na cidade de São Paulo, boa parte das edificações teve participação marcante de nordestinos e muitos baianos. Acredito que, a priori, duas situações são decisivas. A primeira, treinamento. Não há mudança sem investimento na qualificação e a segunda, continuidade, repetição. As empresas precisam ter negócios para manter seus funcionários, melhorando assim a produtividade.
Muitos empreendedores reclamam da dificuldade de comprar materiais, produtos tecnológicos. Como o setor pode resolver isso?
É necessário investimento em infraestrutura, incentivos e subsídios para o desenvolvimento da cadeia produtiva. A importação também tem sido alternativa.
A Fator, desde sua primeira formação, atua no mercado imobiliário da Bahia a cerca de 55 anos. A empresa, até pela longevidade que adquiriu, estará sempre fazendo planos para o futuro. 2014 não será diferente. Acreditamos no potencial do nosso estado e que Salvador passará por profundas e positivas transformações. Nossa percepção é que no primeiro semestre ainda teremos uma certa acomodação, natural que sempre ocorre no mercado, e no segundo haverá novos lançamentos. Estamos nos preparando para isto.
O mercado de Salvador passou por um boom nos últimos anos e em 2013 estabilizou. Como acredita que será 2014?
No meu entendimento, o que ocorreu em 2013 foi, de certa forma, reflexo de uma extraordinária mudança nos números que estávamos acostumados. E isto não ocorreu somente em Salvador. Tivemos um salto exponencial de negócios impulsionados por uma conjunção de fatores importantes. Isto não se repete sempre. Em 2013, o mercado se ajustou, está consumindo a oferta disponível. Mas isto vai passar. Voltaremos a repor as unidades ofertadas e isto significa novos lançamentos e vendas. Pode acontecer em parte em 2014 e possivelmente em 2015. Mas que vai acontecer, vai.
Qual o melhor de se investir na Bahia?
Investir na Bahia é sempre bom. Salvador é uma cidade encantadora e que atrai gente do mundo todo. Problemas toda cidade tem. Diria que um dos mais graves é a mobilidade. Por isso, bairros planejados, como o Aquarius, tornaram-se tão desejados.
Qual o pior de se investir na Bahia?
Precisamos melhorar o tempo de avaliação e aprovação das nossas edificações. Contudo, percebemos um esforço da atual administração pública em qualificar e modernizar a máquina municipal. Certamente, este quadro mudará em breve. Os entraves estão sendo discutidos e debatidos.
Salvador tem poucos terrenos para novos projetos de grande porte. Qual a alternativa do mercado para resolver essa situação? Há outros vetores de crescimento?
Este é um desafio que deve envolver os empresários, a administração pública e a sociedade. Os empresários não têm como achar caminhos sozinhos. No chamado miolo de Salvador, os terrenos estão escassos e muito caros. A cidade precisa ser discutida de forma inteligente. Tínhamos há 20 anos uma população de 750 mil pessoas. Hoje, somos mais de 3 milhões. Temos algumas alternativas como as avenidas paralelas à Avenida Paralela, o Centro Histórico e a Cidade Baixa.
E a Região Metropolitana de Salvador?
Os municípios que fazem parte da Grande Salvador experimentam um enorme boom imobiliário, além da possibilidade da Ponte Salvador/ Itaparica que criaria na Ilha uma ótima alternativa. Mas tudo isto precisa, urgentemente, sair do papel.
Qual tipo de empreendimento tem mais espaço em Salvador: alto padrão ou populares?
Cada segmento tem seu mercado e que funciona bem. Em termos quantitativos, até pela estratificação econômica, a carência maior é a popular. Ainda não resolvemos bem este mercado. No que pese o esforço do governo, através dos programas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida, estamos longe de um equilíbrio de moradia ofertando a todos, locais dignos para morar.
Dentro de Salvador, quais as regiões que devem receber novos projetos?
Acredito que as regiões de Patamares, Orla, Avenida Paralela, o Centro da cidade e haverá também uma pulverização nos bairros tradicionais, nas poucas oportunidades que ainda restam, como o Aquarius, Pituba, Barra, Graça e Ondina.
Grandes obras de mobilidade que estão sendo desenvolvidas podem criar novos vetores de crescimento imobiliário em Salvador e também valorizar os imóveis já construídos?
Sem dúvida alguma. São imprescindíveis as intervenções para minimizar os impactos do trânsito de Salvador e que requerem investimentos, além de abertura de novas vias na cidade que permitam a ocupação ordenada das suas margens e acessos.
Como você avalia a qualidade de mão de obra na Bahia? Isso realmente impacta na produção?
Entendo que não somos os melhores e nem os piores no ranking nacional. Basta dizer que, na cidade de São Paulo, boa parte das edificações teve participação marcante de nordestinos e muitos baianos. Acredito que, a priori, duas situações são decisivas. A primeira, treinamento. Não há mudança sem investimento na qualificação e a segunda, continuidade, repetição. As empresas precisam ter negócios para manter seus funcionários, melhorando assim a produtividade.
Muitos empreendedores reclamam da dificuldade de comprar materiais, produtos tecnológicos. Como o setor pode resolver isso?
É necessário investimento em infraestrutura, incentivos e subsídios para o desenvolvimento da cadeia produtiva. A importação também tem sido alternativa.
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