Publicação: 17/02/2014 06:00 Atualização: 17/02/2014 07:48
Especialistas dizem que varejo e serviços ainda vivem clima favorável para contratações ao longo de 2014 |
“Apesar de as intenções de contratação no Brasil sofrerem uma diminuição em relação aos outros trimestres, o que era esperado, a taxa de 16% ainda reflete um clima favorável para contratações para os primeiros três meses de 2014”, explica Riccardo Barberis, CEO do ManpowerGroup Brasil. Mesmo com a desaceleração, o país ainda está entre os 10 mais em intenção de contratação. “Empresas brasileiras exibem notável capacidade de se adaptar. A confiança entre os empregadores permanece positiva e isso é o que ajuda a manter o mercado de trabalho mais ativo do que muitos outros nos próximos meses”, pondera.
Luís Testa, responsável pela área de estratégia e pesquisa da Catho, um site de emprego, tem uma visão otimista para o ano. “Apesar de a economia não estar crescendo de maneira tão vigorosa como todos gostariam, o mercado de trabalho ainda segue aquecido”, avalia. Ele e outros especialistas identificam no setor de serviços e no varejo os melhores ramos para o ano: no primeiro, 23% dos empregadores esperam criar novas oportunidades nesse primeiro trimestre, no segundo, 8%. O segmento de transporte e serviços públicos também tem projeções otimistas, 16% prevêem uma ampliação do quadro de funcionários.
Os especialistas explicam que os setores de comércio e serviços são os que mais empregam no país e que, nos últimos 12 meses, foram os que suportaram o crescimento do mercado. Cerca de dois anos atrás, o ramo imobiliário também fazia parte desse grupo, mas nos últimos meses tem gerado uma quantidade cada vez menor de postos. “Notamos uma retração no segmento. O mercado imobiliário sofreu muito e vários projetos públicos não decolaram como deveriam ou estão atrasados”, observa Testa.
Bancos
No setor financeiro e imobiliário, a previsão de contratação é classificada pela Manpower como conservadora. A expectativa é de que 7% dos empregadores desses ramos gerem novos postos no primeiro trimestre, o menor percentual desde o quarto trimestre de 2009. O segmento bancário, por exemplo, ainda se ressente da queda dos spreads (diferença entre o que a instituição paga para captar recursos e o que ela cobra para emprestar) no ano passado.
Segundo levantamento feio pelo Estado de Minas junto ao Banco Central, pela primeira vez desde 2003 houve recuo no quadro de funcionários do setor: 2013 fechou com cerca de 5 mil trabalhadores a menos. Ao mesmo tempo, houve abertura de mais de 800 agências. “Parte disso é ganho de eficiência. É uma tendência estrutural do sistema. Isso acontece com todos os setores da economia. Ou você ganha eficiência ou perde mercado”, explica Luís Roberto Troster, especialista em bancos. “A redução de juros e dos spreads influenciou a busca por eficiência”, constata.
Regina Camargos, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), avalia que há uma estratégia nas instituições financeiras que privilegia os correspondentes bancários no lugar das agências. Na visão dela, houve ainda uma desaceleração no crédito impulsionada, ao menos no setor privado, pelas incertezas econômicas que rondam o país e o mundo, além da agressividade adotada pelos bancos públicos e que tirou espaço da concorrência. “O sistema financeiro deu início a um novo período de ajuste. É um somatório de fatores que levam a uma redução dos quadros”, diz.
Os especialistas explicam que os setores de comércio e serviços são os que mais empregam no país e que, nos últimos 12 meses, foram os que suportaram o crescimento do mercado. Cerca de dois anos atrás, o ramo imobiliário também fazia parte desse grupo, mas nos últimos meses tem gerado uma quantidade cada vez menor de postos. “Notamos uma retração no segmento. O mercado imobiliário sofreu muito e vários projetos públicos não decolaram como deveriam ou estão atrasados”, observa Testa.
Bancos
No setor financeiro e imobiliário, a previsão de contratação é classificada pela Manpower como conservadora. A expectativa é de que 7% dos empregadores desses ramos gerem novos postos no primeiro trimestre, o menor percentual desde o quarto trimestre de 2009. O segmento bancário, por exemplo, ainda se ressente da queda dos spreads (diferença entre o que a instituição paga para captar recursos e o que ela cobra para emprestar) no ano passado.
Segundo levantamento feio pelo Estado de Minas junto ao Banco Central, pela primeira vez desde 2003 houve recuo no quadro de funcionários do setor: 2013 fechou com cerca de 5 mil trabalhadores a menos. Ao mesmo tempo, houve abertura de mais de 800 agências. “Parte disso é ganho de eficiência. É uma tendência estrutural do sistema. Isso acontece com todos os setores da economia. Ou você ganha eficiência ou perde mercado”, explica Luís Roberto Troster, especialista em bancos. “A redução de juros e dos spreads influenciou a busca por eficiência”, constata.
Regina Camargos, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), avalia que há uma estratégia nas instituições financeiras que privilegia os correspondentes bancários no lugar das agências. Na visão dela, houve ainda uma desaceleração no crédito impulsionada, ao menos no setor privado, pelas incertezas econômicas que rondam o país e o mundo, além da agressividade adotada pelos bancos públicos e que tirou espaço da concorrência. “O sistema financeiro deu início a um novo período de ajuste. É um somatório de fatores que levam a uma redução dos quadros”, diz.
fonte Correio Braziliense, Victor Martins
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