quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Preços abusivos no mercado imobiliário revoltam população de Macaé


Valor do aluguel é o principal alvo de reclamação dos consumidores
Segundo consumidores, alugueis de Macaé não acompanham o índice nacional de reajuste (Foto: Rosanna Cozzi) (photo: Rosanna Cozzi)
Segundo consumidores, alugueis de Macaé não acompanham o índice nacional de reajuste (Foto: Rosanna Cozzi)

Patricia Lucena
Os macaenses parecem estar cansados dos altos valores cobrados na Capital Nacional do Petróleo. Os preços estão cada vez mais caros e a tendência é só piorar. Tudo em Macaé parece ser mais caro do que na capital fluminense.
A equipe de reportagem do DIÁRIO DA COSTA DO SOL foi às ruas de Macaé saber o que a população acha mais caro no município. A principal resposta foi em relação aos valores dos aluguéis na cidade, seguida pelos táxis, remédios, gasolina, roupas e alimentação.
"Em Macaé, eles acham que nós ganhamos como os estrangeiros que moram aqui. Tudo aqui é mais caro, mas o pior, na minha opinião, é o preço do aluguel. O valor aumenta a cada seis meses", disse o chefe de cozinha, Josué Santana.
A carioca Rita também não se conforma com os valores cobrados pelos imóveis. "É uma extorsão. Sou do Rio de Janeiro e não vejo preços tão altos lá como aqui em Macaé. Eles não seguem o IGP-M, que é o índice que reajusta os aluguéis, mas aumentam conforme têm vontade."
Outro fato que Rita chamou atenção foi em relação à grande diferença de preços entre diversos produtos. "Preciso comprar um remédio e fui à todas as farmácias do Calçadão comparando os preços. Fiquei impressionada, porque encontrei o medicamento com valores bem diferentes, variando entre R$ 77 e R$ 140. Ou seja, o mesmo produto com uma diferença de quase R$ 70. É um absurdo."
O mesmo acontece com o material escolar. O Procon de Macaé realizou em janeiro uma pesquisa mostrando que os preços dos produtos na cidade variavam, em média, 137% no comércio da cidade.
Para o empresário Celso, o mais abusivo é o preço dos táxis no município. "A corrida aqui é mais cara do que em muitas capitais do Brasil, inclusive o Rio de Janeiro, que recebe muito mais turistas e tem uma oferta de táxis muito maior."
Muitos consumidores também criticam os preços de bares e restaurantes. "Outro dia fui a um restaurante e paguei R$ 6 em um suco natural. Nunca vi nada igual", disse a vendedora Marcia Soares.
Já o farmacêutico Ricardo não se conforma com o preço da gasolina na cidade. "O combustível aqui é o mais caro do Estado do Rio. É revoltante. Não consigo entender o motivo disso."
Em meio aos altos preços e seguindo o exemplo da cidade do Rio de Janeiro foi criada uma página no Facebook chamada "Macaé $urreal – não pague". Lançada no final de janeiro deste ano, a página vem divulgando os preços abusivos cobrados nos estabelecimentos de Macaé, como restaurantes, mercados, escolas, entre outros. A ideia é que a população compartilhe os preços considerados abusivos na cidade, divulgando fotos e histórias de experiências.

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