sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Calor provoca recorde de consumo de energia no Sudeste e Centro-Oeste


Na última terça-feira, a demanda máxima instantânea atingiu 49.227 megawatts

Agência Brasil
O calor, aliado à ausência de chuva, levou a uma quebra do recorde de consumo de energia elétrica no subsistema Sudeste/Centro-Oeste na última terça-feira, quando a demanda máxima instantânea atingiu 49.227 megawatts (MW).

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) o recorde ocorreu às 14h36. Na avaliação dos técnicos, "as temperaturas que vêm se mantendo altas nessa região, principalmente nas capitais do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, foram o motivo do aumento na carga, aliada ao reinício da atividade produtiva brasileira".

No último dia 23, foi registrada a terceira quebra consecutiva do recorde de consumo no Sul e também do Sistema Interligado Nacional. Foram 17.315 MW às 14h19, e 83.307 MW às 15h24, respectivamente. Houve quebra do recorde também no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde a demanda atingiu 48.955 MW às 14h31.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Área de lazer é cada vez mais valorizada no mercado imobiliário de Contagem

Churrasqueira, piscina e espaço fitness ganham espaço crescente nos novos empreendimentos na cidade
Estado de Minas

Já foi o tempo em que a escolha do apartamento ficava apenas por conta da metragem, divisão dos cômodos e acabamento. Cada vez mais exigentes, os consumidores querem espaço para fazer atividade física, receber os amigos para um churrasco e, por que não, se refrescar nos dias tórridos de verão. De olho na demanda crescente de empreendimentos com essas características, o mercado imobiliário de Contagem se movimenta para oferecer produtos que se enquadrem nesse perfil.

“O que notamos é que hoje há uma carência de imóveis com área de lazer. O que temos são apartamentos muito restritos à condição de dormitório”, reconhece Henrique Moreira, diretor da Toninho Imóveis/Netimóveis Contagem. Atualmente, a maioria dos apartamentos à venda na cidade está limitada a áreas menores, com prédios de três a quatro pavimentos, dois a três quartos e uma vaga na garagem, quando muito, duas. “Em grandes áreas, onde se justificariam construções com área de lazer, foram construídos condomínios populares que têm como enfoque o baixo custo.”

A estimativa do mercado é de que a destinação de espaço para quadra, piscina e outras vantagens que contemplem a qualidade de vida elevem em cerca de 5% o preço do imóvel. A gerente de vendas da Wilma Netimóveis Contagem, Isabel Oliveira, calcula que a diferença entre aqueles que têm e os que não têm itens de lazer pode variar de R$ 2 mil a R$ 20 mil. “Se houver área gourmet, quadra e espaço verde, o valor tende a subir. Vai depender da quantidade de serviços oferecidos.”

Apesar do receio das construtoras menores, focadas geralmente no mercado de baixa renda, de que esse percentual possa ser um fator de perda de competitividade, as imobiliárias garantem que muitos clientes estão dispostos a bancar os custos mais altos. “Essa hoje é a grande oportunidade de negócio. Atualmente, não tenho nenhum apartamento em prédio individual que tenha essa característica, mas se tivesse, não levaria nem 30 dias para vender”, afirma Isabel

O acesso intensivo à informação tem aumentado a exigência do consumidor. “O perfil do cliente de Contagem está mudando. Ele está mais informado, pesquisa, consulta as construtoras e quer saber detalhes do empreendimento”, observa a gerente da Wilma Netimóveis. Até alguns anos atrás, poucos eram os questionamentos quanto a unidades com itens de bem-estar. “Principalmente pela falta de oferta. Como muitos compradores não tinham conhecimento de imóveis com esse perfil em Contagem, eles buscavam dentro do que estava disponível.”

Grandes construtoras deram os primeiros passos no sentido de oferecer opções de condomínios com esse conceito de lazer, a exemplo da MRV Engenharia, que lançou recentemente o Parque Fontana de Biasca, e a Direcional Engenharia, que apresentou no ano passado o Condomínio Oásis. Lançamentos com esse diferencial começaram a chamar a atenção dos clientes. “Acreditamos que muitas outras construtoras virão com esse enfoque na área de lazer e na qualidade de vida. E é isso que o mercado quer”, reconhece Henrique Moreira.

Cliente-alvo determina os serviços oferecidos 
Construtoras querem atender mercado em expansão e é o perfil do possível comprador e o do bairro onde está localizado o empreendimento que vão definir os "itens a mais" do projeto

Grandes construtoras são pioneiras na apresentação de projetos que integram quadra poliesportiva, churrasqueira, piscina, espaço fitness e área gourmet e atiçam o interesse das menores em seguir o mesmo caminho. A MRV integra um grupo ainda pequeno de empresas que valorizam oferta desse serviço e não abre mão de variedade mesmo em empreendimentos destinados à classe média baixa. “Acreditamos que isso é um diferencial que impulsiona as vendas e faz com que o cliente opte pela MRV”, diz o diretor comercial e de marketing da construtora mineira, Rodrigo Resende.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Por que os investimentos verdes no Brasil desabaram em 2013?


No ano passado, foram investidos apenas US$ 3.4 bilhões em fontes renováveis e sistemas inteligentes de energia, ante USSão Paulo – Se 2013 não foi lá um ano excepcional de investimentos em tecnologias limpas no mundo, quando se coloca a lupa sobre o Brasil, a derrocada é patente. O investimento caiu pela metade, bem abaixo da queda média mundial de 11%.$ 7.1 bilhões em 2012

No ano passado, o país investiu US$ 3.4 bilhões emfontes renováveis e sistemas inteligentes deenergia, ante uma contribuição de US$ 7.1 bilhões em 2012. Os dados são da empresa de pesquisa Bloomberg New Energy Finance (Bnef).
Pibinho e ventos fracos
Para especialistas, a baixa contribuição brasileira é reflexo da situação econômica do país no ano anterior e dos negócios acordados no período.
Um ano que foi especialmente ruim para a eólica, como lembra Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).
“Em 2012, foram contratados apenas 289 MW, uma queda de 90% em relação ao volume contratado no anterior e o menor desde 2009”, explicou a executiva à EXAME.com.
O baixo crescimento do PIB naquele ano, que foi de 0,9% - o pior desempenho desde o pico da crise, em 2009, quando encolheu 0,3% - também gerou um “pessimismo no investidor”, que recuou nas aplicações de capital.
Outra fator que ajudou a achatar os números do país, segundo Élbia, foi a Medida Provisória 579, que trata das renovações das concessões de geração, transmissão e distribuição do setor elétrico. “Gerou mal estar no mercado e mexeu com o espirito dos investidores”, disse.
Para 2014, as perspectivas são promissoras, reflexo do bom desempenho dos negócios de 2013, considerado fora da curva: a eólica contratou 4.7 GW, superando a contratação recorde de 2011, de 2.7 GW.
América Latina: a nova fronteira
Desde 2004, o Brasil vinha dominando o mercado de energia limpa na América Latina, respondendo em média por 60% de todos os investimentos na região. Isso mudou em 2013.
Chile, México e Uruguai todos investiram mais de US$ 1 bilhão para a energia limpa, conforme o estudo da Bnef.
“Não só a indústria está se consolidando nesses países como tem aumentado as condições favoráveis para expansão de novas fontes. Em outras partes do mundo, o mercado está aturado”, explicou à EXAME.com a analista de pesquisa da Bloomberg New Energy Finance, Lilian Alves.
Depois de viver secas e apagões frequentes, o Uruguai resolveu apostar em energia eólica e solar, como alternativa às termelétricas a diesel e à vulnerabilidade de suas hidroelétricas.
Sem recurso de geração de energia no Norte, o Chile está aproveitando o potencial de insolação da região para atrair projetos grandes de centrais solares.
Enquanto isso, o México possui recursos eólicos de alto aproveitamento e se mostra um mercado tão atraente quanto o Brasil: tem infraestrutura grande e uma alta demanda por energia.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Após crise cambial, reajuste de preços ameaça Argentina

Expectativa em relação à escalada de preços está sendo inflada pelos temores de continuidade da persistência da alta do dólar

AE
As incertezas tomaram conta dos argentinos ao longo deste fim de semana, depois do início de uma crise cambial na qual o país mergulhou na semana passada. Empresários já falam em alta de preços e retiram produtos das vitrines e os sindicatos, prevendo a aceleração da inflação, afirmaram que vão pressionar por maiores altas salariais.
A expectativa em relação à escalada de preços está sendo inflada pelos temores de continuidade da persistência da alta do dólar - cuja cotação oficial aumentou 18% na semana passada, a maior desde 2002 - além da elevação das tarifas dos serviços públicos autorizadas dias atrás pela Casa Rosada.
 
Além disso, informações extraoficiais indicam que o governo Kirchner avalia reduzir ou eliminar os subsídios concedidos há vários anos para as empresas do setor de energia elétrica, de forma a reduzir o déficit fiscal. No entanto, isso provocaria um aumento das tarifas da eletricidade para os consumidores. As informações afirmam que o governo também autorizaria as empresas de combustíveis a elevar seus preços nas próximas semanas.
 
O ministro da Economia, Axel Kicillof, em diversas declarações no sábado, 25, e no domingo, 26, afirmou que a desvalorização da moeda não afetará nem preços nem salários. "Quem diz isso mente. Não vamos permitir", exclamou o ministro, que prometeu que o PIB argentino crescerá 5,1% neste ano, além de negar uma perda do poder aquisitivo dos salários. Desde que o ministro tomou posse, no dia 19 de novembro, o dólar oficial aumentou em 33%. Por causa da desvalorização, nas últimas dez semanas a Bolsa de Valores de Buenos Aires perdeu 22% em dólares.
 
Supermercados
 
Os donos de supermercados sustentam que estão recebendo listas de seus fornecedores que indicam aumentos imediatos de até 15%. Isso complicaria o congelamento de preços de 194 produtos imposto pelo governo Kirchner no final de dezembro, que entrou em vigência na primeira semana de janeiro.
 
Na ocasião do lançamento do congelamento, o dólar oficial estava em 6,62 pesos. Na sexta-feira encerrou a jornada em 8,00 pesos. Entre esses dois momentos, o dólar oficial teve alta de 20,85%. Por esse motivo, o empresário Alfredo Coto, dono da maior rede de supermercados de capital nacional, declarou que "a alta do dólar fará oscilar custos dos produtos do acordo de preços".
 
No entanto, o secretário de Comércio, Augusto Costa, ameaçou os empresários, declarando que não hesitará em abrir importações caso seja necessário garantir a estabilidade de preços e o abastecimento.
 
O chefe do gabinete de ministros, Jorge Capitanich, afirmou que o governo Kirchner "agirá com todo o rigor da lei nos casos em que ocorram abusos dos formadores de preços". Capitanich sustentou que bens com alta proporção de componentes importados, como carros e eletrodomésticos ficarão na mira do governo, que realizará "monitoramentos permanentes".
 
A tensão também está crescendo de forma simultânea à queda das reservas do Banco Central, utilizadas pelo governo Kirchner em sua guerra cambial. Na semana passada as reservas caíram US$ 700 milhões. Dessa forma, as reservas ficaram em US$ 29,06 bilhões. Em 2011, quando Cristina foi reeleita, estavam em US$ 52 bilhões. A oposição acusa a presidente de usar as reservas do BC como "um talão de cheques". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Mercado imobiliário do Rio de Janeiro cresceu 9% em 2013


SÃO PAULO - O mercado imobiliário da cidade do Rio de Janeiro registrou um aumento de 9% em 2013, na comparação com o ano anterior, informou um estudo da ADEMI (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário). A alta de lançamentos ficou 4% acima da previsão feita pela associação no início do ano.
Do total lançado, 5.046 são unidades comerciais, que registraram um aumento de 64% com relação ao ano anterior. Já as residenciais, mesmo com queda de 9%, chegaram a 14.361 unidades. 
O maior destaque ficou por conta do mercado hoteleiro, com 1.840 novas unidades, que devem ficar prontas para os Jogos Olímpicos de 2016. O total representa aumento de 196%, ante o ano anterior. 
Já o VGL (Valor Geral de Lançamento), em 2013, alcançou um crescimento de 20%. Foram R$ 11,2 bilhões no ano passado, contra R$ 9,3 bilhões em 2012.
Regiões
Por região, a Zona Oeste foi a que mais lançou imóveis no ano passado, com 12.813 unidades, entre residenciais, comerciais e hoteleiras. Segundo o presidente da ADEMI, João Paulo Rio Tinto de Matos, a região continuará em expansão em 2014. “Acreditamos que as novas unidades que surgirão serão lançadas, prioritariamente, no Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, em Grota Funda, Vargem Grande e Campo Grande. Esses bairros ainda têm grandes espaços urbanos para construção.”
Em segundo lugar, a Zona Norte vem ganhando força pelos investimentos em segurança (UPPs), infraestrutura e mobilidade urbana com as novas linhas de BRT. A região recebeu, somente em 2013, 6.629 novas unidades, o que representa um crescimento 23%.
As zonas Sul e central receberam, juntas, o lançamento de mais 1.805 novas unidades imobiliárias em 2013. 

Mercado imobiliário: Estamos seguros contra a bolha?


Apesar de previsões contrárias, muitos especialistas acreditam que o Brasil não corre os mesmos riscos que, por exemplo, os EUA, que sofre uma crise no mercado imobiliário
Vale destacar que o texto a seguir é uma opinião dos editores dos Portais do Grupo SP Imóvel. Até tem embasamento em pesquisas e opiniões de especialistas - em sua maioria estrangeiros -, mas são dados colhidos principalmente no mercado. Conversas com corretores, representantes e textos neste espaço confirmam o que defendemos: o Brasil não corre riscos de ter a formação de uma bolha imobiliária, pelo menos nos mesmos moldes que nos EUA.

Até podemos e corremos, sim, um risco de bolha, mas nosso risco é diferente, por assim dizer. Naquele país, toda a crise teve origem no subprime - crédito podre, que não existe no Brasil em razão das proteções que temos aqui e o medo de novas manobras econômicas, como no passado. Esse tipo de crédito, concedido até a quem não tem condições de arcar com novas despesas, fez com que o mercado passasse por um problema sem igual nos EUA - com reflexos em quase todo o mundo.

No Brasil, o grande risco pode estar na aposta dos empreendedores de que o mercado está bom e, por isso, lançam muito - até mais do que a demanda suportaria. Mas, mesmo isso não chega a ser um grande problema insolúvel. Quando o mercado percebe que há estoque e não há demanda, segura os lançamentos. Foi por isso, que passamos por dois anos com crescimento menor, quase que dependendo da venda de lançamentos remanescentes. Ou seja, não houve evolução nos lançamentos, mas crescimento, sim, no total de vendas. Mesmo que não nas mesmas proporções do início dos anos 2000 - ou mesmo que na década de 1980, época de índices históricos para o segmento, mas muito ligados ao Banco Nacional da Habitação (BNH).

Quando entrou o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), houve um período de adaptação, de entendimento às novas regras, o que coincidiu com a inflação galopante. De certa forma, isso deixou os consumidores calejados e prontos para mudanças bruscas, surpresas da economia etc.

Voltando aos dias atuais, a bolha é, sim, um risco, mas muito mais pelos valores altos que o mercado começa a apresentar, até mesmo muito descompassado, nada colado à realidade de nossa economia. Os valores de imóveis estão altos e isso pode ser um grande problema em futuro próximo, mas não há risco de crise. Esse pode ser um grande problema, mas não um início de crise. O consumidor - sempre ele -, calejado com os percalços da economia, pode mudar isso. Os empreendedores, que não querem perder esse comprador, também não vão fazer loucuras, tentando ganhar dinheiro no momento, sem pensar no futuro.

Enfim, pode até haver bolha, mas não com a mesma intensidade que nos EUA.

sábado, 25 de janeiro de 2014

ovespa: Índice de ações do setor imobiliário fecha em baixa nesta quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


SÃO PAULO, 23 de janeiro de 2014 (ADVNEWS) – O Índice de ações do setor imobiliário da BM&FBovespa fechou o pregão desta quinta-feira cotado em 654,33 pontos – uma desvalorização de -1.51% em relação ao pregão anterior.
Constituído pelas empresas de capital aberto mais significativas do setor de imobiliário brasileiro, o IMOBtem como objetivo mensurar o desempenho das empresas deste segmento.
Ao longo do dia, a cotação do índice oscilou pouco, registrando uma diferença de 16 pontos entre os valores mínimo (654,33) e máximo (670,25) obtidos pelo indicador.
No total, 0,00 negócios envolvendo as ações que compõem a carteira de ativos do Índice Imobiliário foram realizados durante o pregão, movimentando mais de 0 ações.
Com a desvalorização de hoje, o IMOB acumula uma baixa de -28.84% nos últimos doze meses. No ano, o índice acumula uma baixa de -3.07%.
Desempenho das principais ações componentes do Índice IMOB no pregão de 23 de janeiro de 2014
Um total de 12389 negócios foram realizados envolvendo as ações ordinárias da Brookfield Incorporações S/A – uma das maiores incorporadoras de imóveis do Brasil. Esses negócios envolveram a transação de 44.897.300,00 de ações da empresa e a movimentação de R$ 55.286.104,21.
* As ações ordinárias da Brookfield (BISA3) fecharam cotadas em R$ 1.11 uma valorização de 18.02%.
Um total 9719 negócios foram realizados envolvendo as ações ordinárias da Cyrela Brazil Realty S/A – uma das maiores empresas do mercado imobiliário brasileiro. Esses negócios envolveram a transação de 10.790.500,00 ações da empresa e a movimentação de R$ 166.528.761,40.
* As ações ordinárias da Cyrela (CYRE3) fecharam cotadas em R$ 15.3- uma desvalorização de -2.33%.
Um total de 5276 negócios foram realizados envolvendo as ações ordinárias da Gafisa S/A – empresa brasileira do mercado de construção e incorporação, com foco no mercado residencial. Esses negócios envolveram a transação de 6.076.200,00 de ações da empresa e a movimentação de R$ 20.681.561,94.
* As ações ordinárias da Gafisa (GFSA3) fecharam cotadas em R$ 3.44 - uma desvalorização de -2.33%.
Principais destaques positivos e negativos do Mercado Bovespa no pregão de 23 de janeiro de 2014
Dentre todos os ativos negociados no mercado de ações da Bovespa, 22.02% (72) fecharam o pregão desta quinta-feira operando em alta. As maiores altas registradas no fechamento do pregão dessa foram:
1) Valorização de +28,13% da ação ordinária Celesc ON (CLSC3)
2) Valorização de +20,87% da ação preferencial Sultepa (SULT4)
3) Valorização de +18,02% da ação ordinária Brookfield (BISA3)

Veja o ranking completo das maiores altas do Mercado Bovespa.

Dentre todos os ativos negociados no mercado de ações da Bovespa, 74.62% (244) fecharam o pregão desta quinta-feira operando em baixa. As maiores baixas registradas no fechamento do pregão foram:
1) Desvalorização de -50,00% da ação preferencial Tectoy (TOYB4)
2) Desvalorização de -12,59% da ação ordinária Metalfrio (FRIO3)
3) Desvalorização de -9,64% da ação ordinária Alfa Financ ON (CRIV3)

Veja o ranking completo das maiores baixas do Mercado Bovespa.

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Índice do Setor Imobiliário (BOV:IMOB)
Gráfico Histórico do Índice

1 Ano : De Jan 2013 até Jan 2014
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Índice do Setor Imobiliário (BOV:IMOB)
Gráfico Intraday do Índice

Hoje : Sábado, 25 de Janeiro de 2014
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Dinheiro sobrando? Invista no mercado imobiliário


Folha Vitória
Redação Folha Vitór

Já pensou em se tornar um investidor imobiliário? Se você começou 2014 com uma graninha extra e pretende aumentar o retorno financeiro, uma das opções é adquirir um apartamento, casa ou sala comercial. De acordo com levantamento feito pela Ademi-ES durante a realização do 20º Salão do Imóvel, mostrou que houve aumento na percepção do imóvel como uma possibilidade de investimento. A pesquisa apontou que 26% dos visitantes disseram estar à procura de um imóvel para investir contra 18% do total de entrevistados que demonstraram o mesmo interesse durante a versão anterior do evento.
Isso demonstra o potencial do mercado imobiliário capixaba para esse ramo que é um dos mais seguros. Segundo os especialistas, apostar parte das economias em um imóvel é mesmo uma boa ideia porque o retorno é sempre certo – além do que se pode ganhar com a locação, ainda existe a valorização das unidades .Para um bom retorno financeiro a dica é pesquisar, e buscar por oportunidades próximas a escolas e universidades ou áreas de intenso comércio e serviços. Na Grande Vitória não faltam opções tanto de unidades residenciais quanto comerciais.
Quem deseja apostar na região de Vila Velha, a Proeng S.A sugere o Costa Fortuna. Localizado na Praia de Itaparica, o residencial está a poucos metros do mar e possui apartamentos quarto e sala ou de dois quartos com suíte. O condomínio será entregue com armários na cozinha, quarto e banheiro, o que permite que o imóvel seja alugado ainda mais rápido.
O Vértice Empresarial Enseada, da Morar Construtora,  é uma ótima pedida para aqueles que buscam salas comerciais. O empreendimento está situado na Enseada do Suá, o bairro que registra a menor taxa de vacância da cidade: apenas 4%, contra 14% em relação aos demais bairros de Vitória.  O prédio contará com 172 espaços divididos,  10 elevadores e 371 vagas de garagem para proprietários e clientes. As unidades possuem área privativa entre 33 m² e 751 m² e serão entregues com previsão para instalação de piso elevado, facilitando o layout interno das salas e instalação de cabeamento.
Já se a intenção é investir em apartamentos à beira-mar a aposta da Decottignies é o Vivenda da Lagoa Residence, em Guarapari. Localizado na cidade que é desejo dos capixabas e turistas de todo o país, a região se destaca pela alta demanda por casas de veraneio. O condomínio conta com unidades de três quartos com varanda gourmet. Para os dias mais quentes, o  lazer inclui bar com cascata, piscina com borda infinita, sauna, espaço zen, deck com píer e muito mais.

Venda de casas nos EUA rompe série de quedas, pedidos de auxílio-desemprego sobem


Por Lucia Mutikani
WASHINGTON, 23 Jan (Reuters) - As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos aumentaram em dezembro após três meses seguidos de quedas, mostrando certa resiliência na recuperação do mercado imobiliário, apesar da alta nas taxas hipotecárias.
Embora outros dados desta quinta-feira tenham mostrado avanço marginal nas solicitações iniciais de auxílio-desemprego na semana passada e desaceleração na atividade industrial neste mês, a tendência intrínseca continua a indicar melhores fundamentos econômicos.
As vendas de moradias usadas cresceram 1 por cento no mês passado, para taxa anual de 4,87 milhões de unidades, informou a Associação Nacional de Corretores (NAR, na sigla em inglês). Economistas consultados pela Reuters esperavam que as vendas subissem para ritmo de 4,94 milhões de unidades em dezembro.
"A recente desaceleração do mercado imobiliário está sendo exacerbada por fatores transitórios como o clima", disse o economista Gennadiy Goldberg, da TD Securities.
As vendas de casas em 2013 alcançaram o nível mais alto desde 2006.
Separadamente, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 1.000 na semana passada, para 326 mil segundo dados ajustados sazonalmente.
A média móvel de quatro semanas para os novos pedidos, considerada uma melhor medida das condições do mercado de trabalho já que elimina a volatilidade semanal, caiu em 3.750, para 331.500. Isso sugere que o mercado de trabalho continua a melhorar de forma estável.
Separadamente, o instituto Markit informou que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) preliminar da indústria dos EUA caiu para 53,7, ante leitura de dezembro de 55,0. Resultado acima de 50 indica expansão.
A atividade foi freada por uma desaceleração nas novas encomendas e por contração nas encomendas para exportação.
"A leitura principal ainda está firmemente em território positivo e em linha com nossa visão de que o crescimento da atividade industrial vai acelerar em 2014", disse o economista Cooper Howes, do Barclays.

Obras Ferroviárias


Construção de 21 mil km de estradas de ferro no Brasil abre oportunidades de execução de obras civis para construtoras nacionais. Terrenos do entorno das ferrovias tendem a valorizar

A retomada dos investimentos na malha ferroviária brasileira, após três décadas de estagnação, abre oportunidades para projetos de construção e duplicação de ferrovias e de recuperação da infraestrutura existente. As iniciativas já anunciadas para revitalização do setor somam aportes da ordem de R$ 147 bilhões até 2023. “Cerca de 70% das obras das ferrovias são civis”, afirma Vicente Abate, presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária). A participação da construção civil abrange terraplenagem em grande escala, construção de pontes, viadutos, passagens inferiores, valetas, drenos e construção de superestrutura ferroviária.
O primeiro passo para as empresas que pretendem ingressar nesse nicho é obter o atestado de capacitação técnica. A dica é de Luiz Carlos Machado, superintendente de obras da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., administradora dos programas de operação da infraestrutura ferroviária nas ferrovias outorgadas a ela pelo Governo Federal. São cobradas ainda experiências no tipo de obra que será prestado e em projetos de grande porte, além de capital social compatível ao valor do projeto. “A vivência no setor ferroviário, apesar de não ser um pré-requisito, pode ser considerada um diferencial nos processos seletivos”, acrescenta Daher Filho.
Ainda que as demandas abranjam tanto as empresas de pequeno porte quanto as multinacionais, o diretor-executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), Rodrigo Vilaça, garante uma maior absorção das organizações de maior representatividade na engenharia civil. “Até porque geralmente exige-se suporte econômico expressivo. As obras são de médio e longo prazos, os retornos não são imediatistas”, justifica. “Portanto, por uma característica das próprias obras ferroviárias, se tornam mais propícias as contratações das grandes empresas”, completa.
O desenvolvimento do setor ferroviário conta com o aporte financeiro e a participação direta das três esferas governamentais – federal, estadual e municipal – e do setor privado. “Enquanto os projetos metroviários estão sob gestão dos Estados, os veículos leves sobre os trilhos (VLTs) são gerenciados pelos municípios. Já o TAV (Trens de Alta Velocidade) e as obras de transportes de cargas ficarão a cargo de empresas privadas que conquistarem as concessões do Governo Federal. Há alguns projetos, no entanto, que permanecem no comando do Ministério do Transporte”, descreve Vilaça.
A Valec Engenharia, Construções e Ferrovias é a empresa responsável por gerir os projetos ferroviários pertencentes ao Governo Federal – tais como as ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste. Já a maioria das concessões do setor está nas mãos da Vale, Transnordestina Logística, América Latina Logística (ALL), MRS e Ferrovia Tereza Cristina.
Ao longo de 2010, a Valec prevê a contratação de aproximadamente 40 empresas da área de engenharia civil. “Neste ano, iremos construir cerca de 2.200 km de construção, o que demandará a abertura de 20 lotes de construção”, cita Machado. Por ser uma empresa pública, as contratações são realizadas por meio de licitações. “Ganham as organizações que atendam os pré-requisitos descritos nos editais e apresentem as melhores propostas financeiras”, enfatiza o superintendente, que calcula os valores médios dos contratos de R$ 450 a R$ 500 milhões. Ele orienta ainda que as interessadas fiquem atentas ao site da Valec, ao Diário Oficial da União e aos jornais de grande circulação.
Já as consorciadas, embora não trabalhem com licitações, adotam um processo seletivo similar. “As seleções avaliam as capacidades técnicas das participantes e contratam aquelas que obtiverem o melhor ‘currículo’”, diz o presidente da Transnordestina Logística, Tufi Daher Filho, que promete a retomada das contratações na consorciada a partir de junho de 2010.
Repercussão imobiliária
Os ganhos da engenharia civil com a expansão da malha ferroviária brasileira não se limitam a participação nos canteiros das ferrovias. “A história de que muitas cidades nascem com a chegada de estradas de ferro não é fictícia”, garante Abate, que cita o exemplo de Cruzeiro, município do interior de São Paulo.
Segundo Marcelo Perrupato, secretário de política nacional de transportes do Ministério dos Transportes, a implantação de cada uma das propostas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do PNLT (Plano Nacional de Logística e Transporte) contemplará a reurbanização e o desenvolvimento imobiliário e econômico de suas regiões. “O desenvolvimento ao redor de todas essas localidades onde as novas obras estão sendo feitas geram expectativas perfeitamente justificáveis e o resultado dessas iniciativas serão vistos em breve”, garante o secretário do Ministério do Transporte.
“Por exemplo, com o projeto do TAV, pessoas que moram hoje em São Paulo ou no Rio de janeiro poderão perfeitamente morar em cidades do interior, com mais conforto e qualidade de vida”, cita Perrupato, que acrescenta ainda o aumento na demanda do mercado imobiliário no eixo Rio de Janeiro-São Paulo-Campinas. Na opinião de Abate, também será visível a valorização dos terrenos próximos aos projetos ferroviários. “Sai ganhando quem antecipa a compra de imóveis e terrenos nas redondezas das obras”, alerta.
Por isso, vai a dica: “As iniciativas do governo para revitalizar o setor ferroviário vão atender às regiões onde há expansão da atividade econômica, para promover a integração regional e criar facilidades para a exportação dos produtos nacionais”, diz Perrupato, do Ministério dos Transportes.
Dentre os principais investimentos na expansão da malha ferroviária brasileira previstos para os próximos anos estão a ferrovia Nova Transnordestina, que pretende integrar o Nordeste a partir da ligação do município de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE), e à Ferrovia Norte-Sul. Outra importante obra para a região é a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, de 1.490 km de extensão, que vai ligar o Porto de Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, em Tocantins. No setor de cargas há também a extensão da Ferronorte e da Ferrovia Norte-Sul. “Com essas e outras obras ferroviárias o Governo Federal interligará os portos da região Norte e Nordeste aos do Sul e do Sudeste do País”, garante Perrupato. Na área de transporte de passageiros, Rodrigo Vilaça, diretor-executivo da ANTF (Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários), ressalta 12 projetos de trens turísticos e o incremento dos trens metropolitanos, principalmente no Estado de São Paulo.
Atualmente, o País tem 29 mil km de linhas ferroviárias. “Número ainda muito inferior se comparado à extensão do território brasileiro”, avalia Abate. Até 2018, a previsão é criar outros 12 mil km de trilhos. A meta é ainda mais audaciosa para 2025, quando se pretende aumentar a cobertura ferroviária no Brasil para 50 mil km, ampliando consecutivamente a participação das ferrovias na opção de transporte de carga e de pessoas.
Mesmo diante das incertezas que as eleições presidenciais de 2010 podem gerar, Vilaça, da ANTF, acredita na continuidade dos projetos ferroviários pré-definidos nos programas nacionais. “Independentemente dos resultados, não há possibilidades de retrocesso. Isso porque além de se tratar de um País considerado a sexta potência do mundo na década, com eventos internacionais significativos sob sua responsabilidade, a logística brasileira precisa reduzir seu custo logístico”, esclarece Vilaça. “É um projeto de País e não de governo. O desenvolvimento do setor ferroviário é a solução para todos os mares”, acrescenta Abate.
Principais obras da malha ferroviária brasileira


Alexandre Versignassi
A bolha mais violenta de todos os tempos foi a do Japão. Entre 1985 e 1991 os preços dos imóveis subiram 180%, em média, nas maiores cidades de lá. Quase uma triplicada em seis anos. Mas agora já era. Deixamos os japoneses para trás: em São Paulo, foram precisamente 181% de aumento, em seis anos também – de 2008 para cá. No Rio, 225%. Chupa, Japão.
 
Mas falando sério: tem quem ache que isso nem é uma bolha, só um ajuste natural. Faz sentido, até: nenhum país que viveu uma bolha para valer tinha acabado de sair de quase uma década de hiperinflação, estagnação e sarneyzação – um limbo econômico que manteve o valor dos nossos imóveis bem baixos em relação aos dos “países nobres”, só pra usar o termo que o mercado imobliário aplica a bairros, e que entrou para o léxico de todo mundo. Levando isso em conta, simplesmente comparar nosso aumento percentual de hoje com o do Japão dos anos 80 acaba passando uma ideia imprecisa do que é uma bolha de gente grande.
 
E uma bolha de gente grande é o seguinte: quando o preço dos imóveis no Japão estava só começando a inflar, em 1985, o metro quadrado em Tóquio já custava R$ 28 mil, em valores de hoje. Bem mais que o do Leblon (R$ 20 mil) ou o da Vila Nova Conceição, o mais caro de São Paulo hoje (R$ 14 mil). Isso porque o Japão já tinha tido seus anos de crescimento chinês, e o PIB continuava bombando na faixa de 4%, 5% ao ano. De quebra, o país via sua renda média por habitante superar a dos EUA, roçando no equivalente a R$ 5 mil por mês. Nisso, o yene começou a valorizar demais. Quando a moeda valoriza, os exportadores se trumbicam, já que os produtos que eles vendem acabam mais caros no exterior. O governo, então, passou a imprimir cada vez mais yenes para ver se o preço da moeda baixava. E forçou a entrada desse dinheiro novo na praça mantendo os juros reais em 0% – o juro nominal era de 2,5%, mas a inflação também. Então o juro para valer era zero mesmo. Com crédito sobrando, o mercado imobiliário pegou fogo.
 
E seis anos depois o metro quadrado de Tóquio estava batendo nos R$ 80 mil. R$ 4 milhões por qualquer biboca de 50 metros quadrados… Isso na média. Os picos eram bem mais surreais. No distrito de Ginza, a Oscar Freire deles, chegaram a negociar imóveis comerciais por R$ 2 milhões o metro quadrado. O metro quadrado. Foi nessa época que apareceu aquela lenda urbana, a de que o terreno do Palácio Imperial valia mais do que todos os imóveis da Califórnia (o que devia dar uns três Brasis daquela época…). Valia mesmo. Aí estava claro: os preços japoneses tinham violado de vez a realidade. Imobiliária Salvador Dalí.
 
Nossos preços de agora também têm flertado com o surrealismo. Quando a gente aqui na Super fez uma matéria de capa sobre a obesidade dos preços no Brasil, em abril de 2013, o apartamento mais caro do país era uma cobertura quadriplex nos Jardins – um daqueles palácios suspensos com 900 vagas na garagem, heliponto e o Chuck Norris de segurança. Custava R$ 35 milhões. Agora o buraco está mais em cima: Paula Lavigne colocou o apartamento em que ela morou com o Caetano, no fofo edifício JK, em Ipanema, por R$ 37 milhões. Como a apto tem 750 m2, dá R$ 49 mil o metro quadrado. E olha só: ainda assim é menos que o m2 da Tóquio dos anos 80. Também é bem menos que outro apartamento na orla de Ipanema, anunciado neste ano por R$ 66 milhões. Este, de 600 m2, acaba batendo a média do auge da bolha japonesa – já que custa quase R$ 100 mil o metro quadrado. Recorde histórico, mas ainda uma migalha perto dos preços mais altos do Japão de 30 anos atrás.
 
Quando saiu a notícia desse apartamento sendo vendido por R$ 66 milhões, aliás, uma comparação recorrente foi dizer que “por esse preço daria para comprar um apartamento perto do Hyde Park, em Londres”. Big shit: a orla Ipanema-Leblon é, arguably, a região urbana mais bonita do mundo – sem falar que o Rio tem um PIB bem razoável: US$ 130 bilhões, igual ao de Hamburgo, na Alemanha.
 
Então, sim, uma parte dos nossos preços surreais é só uma adequação à própria realidade. Mas isso não significa que a bolha não exista.
 
E a maior evidência dela não está nos Jardins ou no Leblon. Está no fato de o milhão de reais ter virado a unidade básica da economia imobiliária. Para entender o que isso tem de ridículo, não precisa levar em conta que a renda média no Brasil é de R$ 1.500. Todo mundo sabe que a gente vive num regime quase escravocrata. O que impressiona é que nem os senhores de escravos têm como lidar com esses preços. A renda média do 1% mais rico do país é de R$ 18 mil. Um contra-cheque confortável para os padrões nacionais, óbvio, mas mesmo assim longe do suficiente para comprar nossas bibocas de mais de um milhão de reais sem apertar o cinto. Aí não tem jeito: ou você é do 0,01% mais endinheirado ou está fora desse show do milhão. Pior: quem mais ajuda a inflar nossa bolha é justamente parte do 0,01%: investidores que compram imóveis de baciada para revender depois. Ok. É do jogo: o mercado tem de ser livre mesmo. Mas, num país em que o dinheiro grosso não está nem no topo da pirâmide, mas numa agulha fincada nesse topo, esse jogo é mais arriscado do que parece. Trata-se simplesmente de um mercado pequeno demais para sustentar a alta. E quem diz não sou eu, mas o Robert Shiller, que ganhou o Nobel de economia justamente por ter previsto a bolha imobiliária de 2006 nos EUA (uma mais suave que aquela do Japão, mas que levaria à crise sistêmica de 2008): “Os preços só sobem. Todo mês”, Shiller disse recentemente, sobre o nosso mercado imobiliário. “O que justifica isso, fora o puro entusiasmo? Era exatamente o que eu dizia nos Estados Unidos em 2005. Não quero criar pânico, mas não custa avisar.” Não, não custa.

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Peso argentino cai 11% e tem maior queda desde 2002

Este é o 2º dia consecutivo em que a moeda tem forte recuo em relação ao dólar

Peso argentino que comemora a guerra das Malvinas
Peso argentino que comemora a guerra das Malvinas (Divulgação/EFE)
A peso argentino sofreu, nesta quinta-feira, a maior queda diária desde a devastadora crise financeira de 2002, ampliando as perdas do dia anterior. A moeda caiu 11% e fechou a 8 pesos por dólar, após ter recuado 3% na quarta-feira. "Ontem, o banco central não comprou nem vendeu dólares, e isso mostra qual é a posição dele com relação à taxa de câmbio", afirmou nesta quinta-feira o chefe de gabinete da presidente Cristina Kirchner, Jorge Capitanich. 
Após perder mais de 30% de suas reservas internacionais no ano passado, o banco central argentino desistiu nesta semana de sua política de amparar o peso realizando intervenções no mercado de câmbio. A nova política abriu caminho para as perdas desta quinta e elevou o temor com a taxa de inflação do país, uma das maiores do mundo. As reservas do país atualmente são de 29,44 bilhões de dólares.
com agência Reuters)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Brasil perde espaço e está em 4º lugar em ranking de planos de negócios




Com retomada do crescimento das economias desenvolvidas, país fica atrás de China, Estados Unidos e Alemanha em pesquisa realizada pela PwC

O Brasil perde importância nos planos de negócios, mas continua em quarto lugar na lista dos mais citados por executivos de todo o mundo, segundo pesquisa divulgada na terça-feira pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC). EUA e outras economias avançadas voltam a ganhar destaque no planejamento externo das companhias, tomando espaço de emergentes, como dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) - com exceção da China.
Na pesquisa da PwC, executivos foram convidados a apontar os três países, com exceção do próprio, mais importantes para suas perspectivas de crescimento neste ano. Foram entrevistados 1.344 dirigentes de empresas, distribuídos de acordo com o peso econômico dos países.
China (33%), EUA (30%), Alemanha (17%), Brasil (12%) e Japão (7%) foram os cinco mais citados. Excetuado o Brasil, com perda de 3 pontos porcentuais, todos esses países tiveram ganhos em relação à pesquisa do ano anterior. Os Estados Unidos tiveram o maior avanço (7 pontos). Os menores foram os da China e do Japão (2 pontos cada). Indonésia, México e Rússia nada ganharam ou perderam. A Índia, como o Brasil, perdeu 3 pontos e ficou com 7%.
"A recuperação da economia global continua frágil, mas, com a redução das pressões imediatas, os executivos se sentem mais otimistas e passam gradualmente do modo sobrevivência para o modo crescimento", comentou o presidente da PwC International, Dennis M. Nally. Ele lembra ainda que, passado o período mais difícil da crise, as empresas estão agora na fase de se preparar para as novas condições econômicas.
A mudança do cenário global - com a recuperação no mundo rico e a desaceleração de alguns emergentes - já produz efeitos nas decisões de empresários. "A China permanece robusta, graças a vastas reservas cambiais e a extensas medidas de reformas introduzidas pelo governo central", diz o relatório. "Mas o Brasil sofre uma enorme ressaca de endividamento e a Índia tem sido lenta na abertura de seus mercados". Além disso, a Rússia depende excessivamente da exportação de commodities e o crescimento da África do Sul tem sido prejudicado pela regulação pesada, de acordo com o documento.
A mudança coincide com a retomada do crescimento no mundo rico, liderada pela economia americana. A alteração do cenário também se reflete no maior otimismo quanto à economia global: 44% dos entrevistados disseram acreditar em melhora. No ano anterior eram 18%.
Quando perguntados sobre a expectativa de suas próprias empresas ganharem mais dinheiro em 2014, apenas 39% apostam que sim. Os brasileiros estão acima dessa média, com 42% confiantes em maior receita neste ano, mas ficam bem longe dos russos (53%), os mais otimitas, assim como dos mexicanos (51%), coreanos (50%) e indianos (49%).
A divulgação da pesquisa vem logo após o anúncio das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), com menor crescimento estimado para o Brasil (2,3%) do que para a economia global (3,7%) neste ano. Com melhor desempenho que o do mundo rico na pior fase da crise, os Brics hoje exibem menor dinamismo e já se especula se estarão enfrentando uma crise de meia-idade - tema de uma sessão do Fórum Econômico Mundial marcada para a quinta-feira. Está prevista a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Ressaca - Mudanças mais profundas e de maior alcance também estão no radar das companhias. Os entrevistados destacaram três tendências com potencial para transformar seus negócios nos próximos cinco anos: 81% apontaram avanços na tecnologia da informação (incluída a expansão da mídia social). Mudanças demográficas (com impacto, por exemplo, na redistribuição global da força de trabalho) foram citadas por 61%. A redivisão do poder econômico foi destacada por 59%. Essas alterações já começaram, mas vêm ganhando velocidade e poderão afetar os mercados e as perspectivas das empresas nas próximas décadas, assinala o relatório. Do lado positivo, pode-se contar com a melhora de condições de 1 bilhão de pessoas nos mercados emergentes. Do lado negativo, maior desemprego e maiores problemas de escassez de recursos.
A sondagem global da PwC com executivos é produzida há 17 anos e habitualmente divulgada um dia antes da abertura da reunião do Fórum de Davos.
(com Estadão Conteúdo)